Yom Kippur (Dia do perdão)
Nesta época (início do outono – Israel ou primavera – Brasil), os judeus do mundo comemoram a sequência de festas típicas da estação de outono: o Rosh Hashaná (também conhecido como festa das trombetas), os 10 dias de Arrependimento (cujo último dia é conhecido como Yom Kippur, o dia do Perdão) e a Festa dos Tabernáculos ou festa da colheita (Sucôt).
Qual é a origem desses dez dias de arrependimento?
Em Levítico 23:24, encontramos uma ordem: ”… No sétimo mês, ao primeiro dia do mês, tereis descanso solene, um memorial ao som da trombeta, uma ”santa convocação”. Após o exílio Babilônico, este dia do ”soar da trombeta” tornou-se conhecido como Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico. Na Torá, tudo o que conhecemos é que é um dia de ”fazer tocar as trombetas”. No livro de Salmos , encontra referências interessantes (Salmo 81.3) ” Tocai a trompeta (Shofar, que é um chifre de carneiro)na lua nova, que é a primeira do mês, é também chamada ”o dia de nossa festa”. O Salmo 81 traz à luz um outro aspecto tradicional dessa festa. De acordo com a tradição desse dia, Rosh Hahaná, que é o primeiro dia do sétimo mês, é também um dia que coroamos Deus como Rei de nossas vidas e da vida da nação. Entre o Rosh Hasaná, que é o primeiro dia do sétimo mês, e o dia da expiação (Yom Kippur), que é o décimo dia do sétimo mês, há um período de dez dias separados para o arrependimento e perdão dos pecados de Israel. Esses dez dias são como um período especial onde as pessoas se tornam mais cerimoniais e contemplativas acerca de seus pecados , num nível coletivo-nacional. Deus concedeu um dia para expiação dos pecados da nação. O bode expiatório que era enviando ao deserto era uma prefiguração do trabalho de Yeshua (Jesus) o Messias, que morreu na cruz pelos pecados do mundo inteiro. Por causa da solenidade que traz esse dia, tornou-se tradição tomar dez dias entre os dois dias santos para contemplação e arrependimento.