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Muçulmanos de todo mundo começaram nesta sexta-feira (24) o mês de jejum e oração do Ramadã, em plena pandemia de coronavírus, que os privará de reuniões familiares e de orações em mesquitas, embora alguns países tenham decidido não aplicar essas medidas.
Este ano, o Ramadã será particularmente difícil e triste para muitos fiéis na Ásia, Oriente Médio e Norte da África.
Por causa da pandemia, regras generalizadas foram impostas para forçar as mesquitas a fecharem suas portas. Ao anoitecer, o “iftar”, o intervalo do jejum com uma refeição festiva e familiar, também deve ser comemorado de uma maneira muito mais íntima e menos alegre.
Na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, onde o Ramadã gera entusiasmo generalizado, organizações religiosas pediram aos fiéis que fiquem em casa.
“Este Ramadã é muito diferente, basicamente porque não é festivo”, resumiu Fitria Famela, uma dona de casa indonésia. “Estou decepcionada por não poder ir à mesquita, mas o que podemos fazer? O mundo está diferente agora”, disse.
No entanto, alguns líderes religiosos na Ásia – onde vivem quase um bilhão de muçulmanos – se recusaram a adotar regras para impedir a propagação do novo coronavírus.
A organização islâmica na província conservadora de Aceh, na Indonésia, opôs-se publicamente às diretrizes nacionais para ficar em casa.
Assim, vários milhares de fiéis assistiram às orações da noite de quinta-feira na maior mesquita da capital da região, Banda Aceh, embora a multidão fosse menor do que o normal.
“Não estou preocupado, porque estou usando uma máscara e mantenho distância”, disse Cut Fitrah Riskiah, um dos participantes.
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