LINHAGEM E INFANCIA DE ALEXANDRE, O GRANDE – VPI TURISMO – VIAGEM – EXCURSÃO

6 de abril de 2020
Israel
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Alexandre nasceu na cidade de Pela, capital do Reino da Macedônia, no sexto dia do mês hecatombeu do antigo calendário grego, o que provavelmente corresponde a 20 de julho de 356 a.C., apesar da data exata ainda não ser sabida com certeza. Era filho do rei Filipe II e de sua quarta esposa, Olímpia, filha do rei Neoptólemo I do Epiro. Apesar de Filipe ter sete ou oito esposas, Olímpia foi sua esposa principal por muito tempo, provavelmente devido ao fato dela ter sido aquela que lhe deu um filho homem.

Muitas lendas envolvem o nascimento e infância de Alexandre. De acordo com o biógrafo grego Plutarco, Olímpia, na noite da consumação do seu casamento com Filipe, sonhou que seu útero fora atingido por um raio. É dito que Filipe, em um sonho um tempo após o casamento, viu-se segurando o útero de sua esposa marcando-o com um selo gravado com uma imagem de leão. Plutarco deu várias interpretações a este sonho: talvez que Olímpia estivesse grávida antes do casamento, indicado pelo selo gravado em seu útero; ou que Alexandre fosse filho do deus Zeus. Analistas antigos dizem que uma ambiciosa Olímpia pode ter propagado a história da origem divina de Alexandre ou talvez ela dispensasse essa sugestão como ímpia.

No dia que Alexandre nasceu, Filipe estava preparando um cerco à cidade de Potideia, na península de CalcídiCA. No mesmo dia, Filipe recebeu notícias que o seu general Parménio tinha derrotado os exércitos combinados da Ilíria e da Peônia, e também que seu cavalo havia vencido uma competição nos Jogos Olímpicos. Também é dito que, neste dia, o Templo de Ártemis, em Éfeso, uma das sete maravilhas do mundo antigo, havia sido queimado. Isso levou Hegésias de Magnésia a dizer que o incêndio tinha ocorrido porque Ártemis estava longe, testemunhando o nascimento de Alexandre. Tais lendas podem ter surgido após Alexandre ter se tornado rei e possivelmente foram instigadas pelo próprio para mostrar que era um super-humano e destinado à grandeza desde sua concepção.

Nos seus primeiros anos de vida Alexandre foi criado por uma enfermeira, Lanice, irmã do futuro general Clito. Mais adiante na sua infância, Alexandre foi tutorado pelo rígido Leônidas de Epiro, um parente de sua mãe, e por Lisímaco, um general de Filipe. Alexandre foi criado como todos os jovens nobres macedônios, aprendendo a lutar, a ler, a tocar lira, a cavalgar e a caçar.

Quando Alexandre tinha dez anos de idade um comerciante da Tessália trouxe um cavalo a Filipe, que procurou vender por treze talentos. O cavalo se recusava a ser montado e Filipe o dispensou. Alexandre, contudo, percebendo que o cavalo parecia ter medo da própria sombra, afirmou que poderia domar o animal, o que posteriormente conseguiu. Plutarco afirmou que Filipe ficou exacerbado pela coragem e ambição do filho, o beijou firmemente e declarou: “Meu filho, você deve encontrar um reino grande o suficiente para a sua ambição. A Macedônia é pequena demais para você”. Ele acabou comprando o cavalo para o garoto. Alexandre deu ao animal o nome Bucéfalo, que significa “cabeça de boi”. Bucéfalo tornou-se o cavalo principal de Alexandre, acompanhando-o até suas campanhas na Índia. Quando o animal morreu (devido à idade avançada, de acordo com Plutarco, aos 30 anos), nomeou uma cidade com seu nome, Bucéfala.

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