Domínio romano-bizantino – VPI TURISMO – VIAGEM INTERNACIONAL
O Egito tornou-se uma província romana em 30 a.C., após a derrota de Marco Antônio e da faraó Cleópatra por Otaviano (posteriormente Imperador Augusto) na Batalha de Áccio e então Batalha de Alexandria. Os romanos dependiam fortemente das remessas de cereais do Egito, e o exército romano, sob o comando de um prefeito nomeado pelo imperador, reprimiu revoltas, fez aplicar a cobrança de impostos, e impediu os ataques de salteadores, que se tinham tornado um problema significativo durante este período. Alexandria torna-se um centro cada vez mais importante na rota de comércio com o Oriente, uma vez que em Roma havia grande procura de mercadorias e bens exóticos e de luxo.
Embora os romanos tivessem uma atitude mais hostil do que os gregos para com os egípcios, algumas tradições foram mantidas, como a mumificação e o culto dos deuses tradicionais. A arte de retratar as múmias floresceu e alguns dos imperadores romanos se fizeram retratar como faraós, embora não na medida dos Ptolomeus, já que os primeiros moravam fora do Egito e não desempenharam funções cerimoniais da realeza. A administração local tornou-se romana o que tendeu a minar a liberdade dos nativos egípcios.
A partir de meados do século I d.C., o cristianismo se enraizou em Alexandria, sendo visto e aceito como outro culto. No entanto, o fato de ser uma religião inflexível e proselitista, que procurava converter pessoas do paganismo, ameaçando com isso as tradições religiosas populares, levou à perseguição dos convertidos ao cristianismo, que culminou com o grande expurgo de Diocleciano a partir de 303. Apesar disso, o cristianismo acabou por triunfar. Em 391 o imperador cristão Teodósio I introduziu uma legislação que proibiu ritos pagãos e os templos foram fechados. Alexandria tornou-se palco de grandes protestos antipagãos, com imagens públicas e privadas destruídas. Como consequência, a cultura do Egito pagão entrou em declínio. Templos eram por vezes convertidos em igrejas ou abandonados e apesar da população nativa continuar a usar a sua língua, a capacidade de ler e escrever hieróglifos acabou por retroceder na medida em que o papel dos sacerdotes tornou-se exímio. Outrossim, os escribas, os únicos capazes de ler os hieróglifos, durante seus estudos da escrita hieroglífica, podiam optar entre o trabalho burocrático ou o sacerdócio. Neste ponto histórico os serviços burocráticos não mais convinham aos mesmos e, concomitantemente, com o declínio do sistema religioso egípcio, os escribas paulatinamente deixaram de existir o que inviabilizou a leitura dos hieróglifos.
No século IV d.C. o Império Romano dividiu-se em duas partes e o Egito se incorporou ao Império Oriental, conhecido como o Império Bizantino. O Império do Oriente tornou-se cada vez mais “oriental” em grande estilo e suas antigas ligações com o mundo greco-romano começam a se desvanecer. O sistema grego de governos locais por cidadãos já tinha desaparecido completamente. Em 616, em meio a guerra bizantino-sassânida de 602-628, o xá sassânida Cosroes II (r. 590–628) conquistou o Egito, cujo controle seria retomado pelos bizantinos em 628 sob o imperador Heráclio (r. 610–641) com o fim do conflito.
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